"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira".
(Che Guevara)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mesmo polêmica, Maconha continua a ganhar força no âmbito científico


Apesar de ser amplamente utilizada em muitos países como remédio para diversas doenças, devido a seus diferentes efeitos, a maconha continua sendo considerada uma substância polêmica.

Uma equipe de cientistas israelenses, liderada por Ruth Gally, conseguiu neutralizar o THC (tetrahidrocanabinol), substância responsável pelos efeitos psicoativos da maconha que alteram temporariamente a percepção e o comportamento do usuário.

O ministério da saúde de Israel já autorizou uma empresa local a cultivar diversas variedades da planta em estufas, na Galileia, no sul do país. A empresa que vai desenvolver uma nova maconha com menos THC e mais canabidiol. Por enquanto 8 mil pacientes são atendidos em Israel com a erva medicinal, e a pretensão é que esse número dobre até o ano que vem.

Em uma casa de repouso de Israel, o novo tipo de maconha já está sendo usado com a autorização dos parentes dos idosos. Eles recebem doses diárias que são colocadas na comida ou no vaporizador.

 "Agora, os pacientes comem melhor e muitos voltaram a se movimentar", conta a enfermeira-chefe do local.
Foi o caso de Moshe Rott. Ele tem 90 anos e sofre de artrose. Há um ano passou a usar o canabidiol e, hoje é o único que fuma todas as manhãs. O homem que não levantava da cama passou a andar de cadeira de rodas, voltou a pintar e consegue usar o computador.

"Não conseguia mexer as minhas mãos", diz Rott. "A cânabis me devolveu a vida."

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Atual líder do Queen virou fã de Freddie Mercury fumando maconha

O ex American Idol Adam Lambert afirmou em entrevista ao jornal Huffington Post , que conheceu as músicas de Freddie Mercury enquanto fumava maconha.

Eu não conhecia muito sobre eles. Meu pai tinha os CD's, então eu ouvia algumas coisas", disse o músico sobre a discografia do Queen. Entretanto, a situação se alterou pouco tempo depois, com Lambert se tornando "fascinado" pelo trabalho da banda e de seu vocalista. "Sua energia, seu poder, eu pensei 'eu quero cantar deste jeito'".

Esta afinidade ocorreu, segundo ele, enquanto estava "fumando maconha, desenhando e ouvindo rock dos anos 70". Toda a experiência lhe serviu de base para ser membro da atual turnê que o Queen promove pelo Reino Unido, e o atual líder do quarteto garante que dividir o palco com Brian May e Roger Taylor não lhe deixa fora de si.

"Eu não me sinto intimidado. Brian e eu temos uma adorável interação, ele é um cara legal".


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Produtores de maconha entram em choque com forças libanesas


Agricultores armados com metralhadoras, foguetes lançadores de granadas e morteiros forçaram as tropas do governo libanês a abandonar uma operação para destruir lavouras ilegais de maconha no Vale do Bekaa, nesta segunda-feira, disseram testemunhas.

Não houve registro de feridos na troca de tiros, mas dois veículos das forças de segurança foram atingidos por balas, segundo uma testemunha.

Durante a guerra civil do Líbano (1975-1990), o fértil Vale do Bekaa produzia anualmente até 1.000 toneladas de resina de maconha e de 30 a 50 toneladas de ópio, usado na produção de heroína.

O cultivo foi erradicado como parte de um programa da Organização das Nações Unidas entre 1991 e 1993, mas ressurgiu enquanto as forças de segurança lutam para se impor em todo o instável país. Não há estatísticas confiáveis sobre quanta maconha é produzida no Líbano atualmente.

As forças libanesas costumam realizar operações para erradicar cultivos, mas enfrentam resistência de agricultores revoltados, que encontram nessa lavoura lucrativa e de fácil manejo meios de ganhar dinheiro para suas comunidades pobres.

Uma fonte do setor da segurança disse que as forças do governo estavam se reagrupando e planejavam uma nova operação para destruir os plantios.

Polícia faz fogueira com 7 toneladas de maconha na Jamaica

A polícia jamaicana apreendeu e fez uma fogueira com quase 7 toneladas de maconha em Kingston, capital do país caribenho. De acordo com a agência de notícias AP a maioria da droga foi apreendida este ano.

Ainda segundo informações da agência, as autoridades também destruíram cerca de 35 kg de óleo de haxixe, recolhido durante uma operação na cidade no último sábado. A Jamaica é o maior produtor e exportador de maconha do Caribe. As mudas de maconha são cultivadas principalmente em encostas de montanhas e escondidas entre outras plantações.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Em segredo, Israel mantém plantio de maconha medicinal na Galileia


Região citada na Bíblia por diversas vezes, as colinas da Galileia, em Israel, passaram a abrigar secretamente uma plantação de maconha voltada para fins medicinais.

Cercado por muros altos, câmeras de segurança e até um guarda armado, que protege o local de criminosos, o local camufla a plantação (que pode ser detectada apenas pelo cheiro, já que o aroma das plantas predomina na região).

O viveiro é mantido pela empresa Tikkun Olam, que tem parceria com cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, e é responsável pelo desenvolvimento de um tipo de maconha medicinal que neutraliza a substância THC, gerando efeitos cognitivos e psicológicos conhecidos como "barato".

A cannabis tem mais de 60 componentes chamados canabinóides. O THC é talvez o mais conhecido das pessoas, menos para os seus benefícios médicos e muito mais para suas propriedades psicoativas.

Mas a planta também contém o canabidiol, ou CBD, uma substância que alguns pesquisadores dizem que tem benefícios anti-inflamatórios que podem ser aplicados no tratamento de doenças como artrite reumatoide, colite, inflamação do fígado, doenças cardíacas e diabetes.

A maconha é uma droga ilegal em Israel. A utilização terapêutica foi permitido a partir de 1993, de acordo com o Ministério da Saúde. Atualmente, a cannabis é usada em Israel para o tratamento de 9 mil pessoas que sofrem de doenças como câncer, Parkinson, esclerose múltipla, doença de Crohn e transtorno de estresse pós-traumático, de acordo com o governo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pesquisa aponta que uso de Maconha é crescente na Europa, enquanto o uso do haxixe parece diminuir


O consumo de maconha está aumentando  na Europa, enquanto o uso de haxixe tem vindo a diminuir, conclui um relatório europeu  que foi divulgado hoje. O estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) refere que a Europa, um dos maiores consumidores mundiais de cannabis – cujas folhas secas são popularmente designadas como maconha-, tornou-se também um importante produtor de Cannabis.

Em dois terços dos países europeus, o consumo de cannabis é agora dominado pela maconha, enquanto a sua resina (haxixe) ocupa um terço das preferências dos consumidores. Em dez países, maioritariamente do Leste europeu, a marijuana atinge mesmo 90 por cento da cannabis consumida.

Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, Finlândia e Reino Unido são, por outro lado, países onde as autoridades detectaram um “forte aumento” da produção doméstica de cannabis com intuito de fumar suas flores secas, conhecida como maconha.

Esta realidade levou as polícias a fazerem parcerias com as entidades fornecedoras de eletricidade ou autoridades do setor habitacional, de modo a detectaram a existência de plantações domésticas.

Na Europa, para produzir maconha basta ter acesso a água e a eletricidade, imprescindíveis para a produção das suas plantas, em que são já usadas processos sofisticados de produção, como a hidroponia, que usa apenas água, dispensando o recurso a terra.

As estatísticas indicam que quase um em cada quatro europeus com idade entre os 15 e os 64 anos já experimentaram cannabis, o que corresponde a 78 milhões de pessoas, e cerca de nove milhões de jovens (entre os 15 e os 34 anos) disseram tê-la consumido no último mês.

Quando ao haxixe, a maior parte desta variante da cannabis consumida na Europa é produzida em Marrocos e entra no continente principalmente através das fronteiras de Portugal e Espanha.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O uso da Maconha está ligado a evolução do Homem


Neste final de semana, a “Marcha da Maconha” tomou as ruas do Brasil com o tema ‘Basta de guerra - por outra política de drogas’.  A Marcha ocorreu em São Paulo, Curitiba, Manaus, Salvador, Aracaju, Recife e Natal, levando milhares de usuários e simpatizantes aos holofotes da mídia. Anteriormente, o evento já tinha acontecido em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Niterói, Fortaleza, entre outras cidades.

Não que eles sejam a favor a liberação. Esse termo é errôneo, segundo especialistas. O correto seria debater a regulamentação, a legalização da erva, já que, com isso, o governo teria total controle e deixaria os traficantes à mercê dos viciados mais corajosos – aqueles que, ainda com a maconha legalizada, comprariam nas bocas-de-fumo, que seria uma pequena parcela, em consideração ao que se acontece hoje, quando o tráfico tem total domínio sobre a produção e distribuição da maconha.

O intuito dessas marchas e passeatas é o seguinte: a guerra contra o tráfico fracassou. Um exemplo disso é a ‘War on Drugs’ (em tradução livre, guerra contra as drogas) dos EUA, que desde 1971 declarou que nenhum ilícito poderia ser consumido naquele país.

Não deu certo, pois 40 anos mais tarde, os efeitos da violência são piores do que os da droga. Para muito teóricos é hora de paz, finalmente, já que nesse tempo todo, nunca se conseguiu diminuir a demanda e a oferta.

Caminhando junto

A História da Humanidade se confunde com o percurso das drogas ao longo dos séculos.
Desde que o homem se entende por gente, tenta de alguma forma ‘fugir’ da realidade, seja consumindo álcool ou alguma outra substância psicotrópica.

Guerras foram deflagradas por reis bêbados e muros derrubados com o ácido no sangue, o tão popular LCD no final dos anos 1960.

Mas o que propõe o documentário ‘estrelando’ o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o aclamado 
“Quebrando o Tabu”, lançado no ano passado, não é precisamente que todos tenham o direito a consumir drogas.

O que aborda o longa-metragem é justamente a guerra falida contra o tráfico. Foi feito de tudo um pouco – repressão e policiamento ostensivo, apreendendo inclusive apenas consumidores de entorpecentes – e nada tem realmente surtido efeito.

E por trás do narcotráfico, o que existe? Necessariamente, o crime organizado e a corrupção.
Um exemplo disso foi a Lei Seca dos EUA, nos anos 1920, com o gangster Al Capone comandando mais e mais casas de jogos de azar, prostíbulos e a venda proibida de álcool. Nenhuma medida de fato funcionou e o tráfico só acendeu a discussão de que quando o consumidor quer, ele tem – legal ou ilegalmente.

Fernando Henrique Cardoso, que também é sociólogo e está à beira de seus 81 anos, afirma que agora é necessária a regulamentação da maconha, que tem, segundo estudos médicos, menos risco de vício, sendo também menos prejudicial que o álcool para o corpo.

“Há um mito de que quem fuma maconha vai passar para drogas mais pesadas. Isso acontece porque o usuário vai até a boca-de-fumo e o mesmo traficante que vende a erva é aquele que oferece a cocaína e o crack, por exemplo. A maconha deveria ser regulada, como o álcool e o cigarro”, diz o ex-presidente, o qual afirmou que nunca pôs uma seda na boca.

Benefícios

A cannabis sativa, nome científico da erva que é consumida desde o século III a.C., tem seus benefícios. Conforme estudos – ela inclusive é usada para fins medicinais –, a maconha ajuda quem tem esclerose mútipla, câimbra, espasmos dolorosos e tiques nervosos.

E ainda aumenta o apetite e o bem-estar de quem tem qualquer tipo de câncer. Em 16 estados dos EUA, o uso medicinal dessa “droga” já foi legalizada.
Pacientes

O intuito-mor da regulamentação da maconha é tratar quem é consumidor como paciente e não como um criminoso. Isso já pode ser constatado em pelo menos 14 países da Europa – por lá, Portugal, Espanha e República Tcheca, por exemplo, já descriminalizaram a posse da maconha para uso pessoal.
Por aqui, passos importantes foram dados, bem como no caso da Argentina e do México.
Cerca de 50% de jovens universitários já consumiram drogas

Uma pesquisa feita em 2010 apontou que quase a metade dos universitários do Brasil já teve acesso a drogas. Os dados de que 48,7% deles já usaram algum ilícito são do 1º Levantamento Nacional sobre o 

Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras, divulgados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Segundo o estudo, quando entram na universidade, os jovens estão mais vulneráveis e suscetíveis a 'novas experiências'. A pressão grupo ou mesmo a autonomia conquistada pelos jovens abre brechas e os deixam mais suscetíveis ao uso da droga.

O levantamento, feito com mais de 18 mil universitários de mais de 100 instituições de ensino, ainda revelou que o consumo de álcool e drogas é mais frequente nos universitários do que na população em geral – entre as drogas mais 'provadas' por eles estão a maconha, a cocaína, as anfetaminas, os opiáceos e o êxtase.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pesquisa afirma que o ar de algumas regiões da Itália são repletos de substâncias como Maconha e cocaína


Um grupo de cientistas do Centro de Estudo da Poluição Atmosférica, de Roma, chegou a uma conclusão sensacional – o ar das grandes cidades italianas contém não somente gás carbônico e partículas sólidas mas também vestígios de substâncias narcóticas – cocaína e maconha. A correspondente da Voz da Rússia Marina Tantuchian pediu ao professor Ângelo Cecinato, dirigente do grupo de pesquisadores, que revele os pormenores do estudo.

Professor Cencinato, por que razão resolveu levar a cabo uma pesquisa tão fora do comum?

Não tinha em vista a busca especial de drogas na atmosfera. Mas, ao estudar a poluição do meio ambiente em diversas cidades, em particular, em Roma, descobri pela primeira vez no ar vestígios de cocaína. A curiosidade fez que aprofundasse neste problema mediante a ampliação da geografia e desenvolvimento de instrumentos analíticos a fim de continuar a revelar na atmosfera de diversos países do mundo não somente vestígios de cocaína, mas também de cannabinoides, de nicotina e de cafeína.

A nossa análise foi efetuada em condições normais de laboratório. A primeira fase incluía a recolha de partículas de poeira atmosférica, a segunda, a realização da análise química com ajuda de um conjunto simples de tecnologias e instrumentos que se utilizam praticamente em todos os laboratórios do mundo especializados em semelhantes pesquisas na esfera de poluição do meio ambiente.

Quais os fatores que determinam a concentração de substâncias narcóticas na atmosfera?

Estou certo de que o fator principal e determinante é o consumo de drogas, - tanto as proibidas como as legais. A resposta é uma só – o volume de drogas no ar que nós respiramos depende diretamente do consumo destas substâncias e da densidade da população que vive num certo território. Na Itália temos feito as análises em diversas cidades. Constatamos que a concentração mais alta de substâncias narcóticas se verifica nas regiões que têm fama de maiores consumidores de drogas. Quanto à Itália, o norte mais abastado lidera neste plano. No entanto, a concentração de drogas é muito alta também em Roma e em Nápoles. Quanto a outros países do mundo, posso afirmar a partir da base de dados à minha disposição, - embora não tivesse estudado todos os países do mundo, - que a América Latina, por exemplo, ultrapassa a Itália quanto ao teor destas substâncias na atmosfera. Na Espanha a situação é análoga à nossa.

Que influência exerce a existência destas substâncias no ar sobre a saúde humana?

Não fiz pesquisas especiais neste setor. Normalmente, a concentração destas substâncias não é bastante grande a ponto de causar lesões sensíveis mas seria também incorreto negar a existência de um efeito negativo. Por exemplo, até hoje ninguém estudou a concentração de nicotina no ar, embora o seu teor exerça, certamente, um certo efeito tóxico. Além do aspeto sanitário do problema, creio que o maior benefício que o nosso trabalho pode produzir é revelar as regiões com mais alto nível de abuso de drogas.

O professor Cecinato ressaltou à parte a disposição de colaborar com colegas dos outros países, incluindo a Rússia. Espera que a sua ajuda lhe permita estudar a situação também na Ásia e na América Latina, que estão, por enquanto, fora da esfera das suas pesquisas.