Apesar de ser amplamente utilizada em muitos países como
remédio para diversas doenças, devido a seus diferentes efeitos, a maconha
continua sendo considerada uma substância polêmica.
Uma equipe de cientistas israelenses, liderada por Ruth
Gally, conseguiu neutralizar o THC (tetrahidrocanabinol), substância
responsável pelos efeitos psicoativos da maconha que alteram temporariamente a
percepção e o comportamento do usuário.
O ministério da saúde de Israel já autorizou uma empresa
local a cultivar diversas variedades da planta em estufas, na Galileia, no sul
do país. A empresa que vai desenvolver uma nova maconha com menos THC e mais
canabidiol. Por enquanto 8 mil pacientes são atendidos em Israel com a erva
medicinal, e a pretensão é que esse número dobre até o ano que vem.
Em uma casa de repouso de Israel, o novo tipo de maconha já
está sendo usado com a autorização dos parentes dos idosos. Eles recebem doses
diárias que são colocadas na comida ou no vaporizador.
"Agora, os
pacientes comem melhor e muitos voltaram a se movimentar", conta a
enfermeira-chefe do local.
Foi o caso de Moshe Rott. Ele tem 90 anos e sofre de
artrose. Há um ano passou a usar o canabidiol e, hoje é o único que fuma todas
as manhãs. O homem que não levantava da cama passou a andar de cadeira de
rodas, voltou a pintar e consegue usar o computador.
"Não conseguia mexer as minhas mãos", diz Rott.
"A cânabis me devolveu a vida."
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