Exibido na noite de sábado (22/1) e aplaudido de pé por
dezenas de espectadores presentes no Cine Tenda, o documentário “Cortina de
Fumaça”, do carioca Rodrigo MacNiven, trouxe à mostra assunto explosivo e
controverso: os benefícios da maconha, tanto no consumo como no uso industrial,
e o impacto social no Brasil por conta da não descriminalização das drogas.
Articulado com uma infinidade de recursos de linguagem (voz
“over”, animação tridimensional, reiterações em eco, cortes rápidos,
acelerações, informações e citações, depoimentos de especialistas) e passando
por vários subtemas possíveis, o filme de Mac Niven trabalha abertamente a
defesa de suas ideias, configurando-se como um raro trabalho no qual o ponto de
vista do realizador está não apenas explícito na tela, como também reforçado ao
máximo.
O debate realizado na manhã de ontem, com a presença do
diretor, levantou diversas questões não apenas do tema em si o que era o risco inerente a abordagens como a de Mac Niven , mas também às suas escolhas como cineasta. Ele disse ter feito “Cortina de Fumaça” a partir da própria
desinformação sobre as questões retratadas.
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